A Pública Central do Servidor repudia veemente mais essa demonstração de indiferença à vida, nesses tempos em que o culto ao ódio vem se estabelecendo desde o início de um governo afeto às armas e à intolerância.
Um dia Marielle Franco e o Anderson, outro dia Bruno Pereira e Dom Phillips, entre tantos outros anônimos que são vítimas de uma política de extermínio fomentada por liberação de armas e total indiferença do governo federal.
Agora, mais um assassinato que entra para essa triste estatística dos que perderam o direito de divergirem. O servidor público e Presidente do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, que em sua festa de aniversário é atingido por um atirador que gritava “aqui é Bolsonaro! “, deixa esposa, quatro filhos, sendo um bebê.
A Pública se solidariza com a família do Marcelo, com um sentimento de aperto e expectativas com o futuro do Brasil, uma vez que está nas mãos de todos os brasileiros o rompimento com a triste realidade da institucionalização da violência.
Muitos comemoraram o relaxamento das leis de controle de armas e o estímulo provocado pelo próprio Presidente da República para que a população se arme. Não é de hoje que os resultados de tamanha irresponsabilidade vêm demostrando um aumento importante do número de “homicídios justificados” em todo o território nacional.
Marcelo Arruda foi socorrido, mas não resistiu, ficando como mais um símbolo que aponta para o terror que tomou conta do país, cuja população precisa se unir para interromper essa realidade macabra.
Que a morte do companheiro Marcelo Arruda suscite a consciência de todos para uma maior resistência contra a impunidade para crimes dessa natureza.
A Pública estende sua solidariedade à direção do sindicato dos municipários de Foz de Iguaçu e da Direção do PT da região.
Que a esperança por um Brasil melhor não morra junto com as vítimas do ódio que vem prevalecendo nessa terra chamada Brasil.